Liderança antifrágil: uma abordagem mais efetiva sobre o papel do “novo líder”

O termo “antifrágil”, adotado pelo pensador e escritor Nassim Nicholas Taleb, autor dos aclamados livros que versam sobre “riscos, probabilidades e incertezas” – “A lógica do Cisne Negro e Antifrágil”, servirá como base literária e de consultas para este texto, que também reúne muitas das experiências que vivi ao longo de minha carreira executiva nestes últimos 40 anos de mercado, além de consultas em temas correlatos publicados na rede Linkedin.

O QUE ENTENDO POR CONCEITO DE “LÍDER ANTIFRÁGIL”?

Um líder antifrágil é aquele que: 

  • Aprende com os erros: não busca culpados, busca soluções.
    Está sempre atento às oportunidades de “usar seus erros” como alavancas para novos aprendizados e alternativas genuínas de melhorias e soluções para as novas demandas. Sempre adotei esta prática de analisar “os porquês” dos erros cometidos, seja na vida pessoal e profissional, e buscar soluções que me permitissem “evoluir e sair melhor “, em cada nova etapa.
  •  Fomenta a autonomia: confia nas pessoas e cria ambientes de aprendizado.
    Confiança é essencial no relacionamento entre pessoas em quaisquer ambientes. O líder inspirador e antifrágil não teme perder sua posição na estrutura organizacional, ao contrário, fomenta a autonomia e incentiva os posicionamentos legítimos, iniciativas e tomadas de decisão das pessoas de suas equipes, sempre compartilhadas e transparentes. 
  •  Enfrenta a incerteza: transforma crises em oportunidades de inovação e evolução de processos e novas formas de liderar.
    Citando novamente o Nassim Taleb, a incerteza faz parte de nosso dia-a-dia e precisamos entender nossa vulnerabilidade frente às incertezas que vivemos, enfrentar nossos medos (sabendo que o erro faz parte da evolução) e transformá-los em oportunidades de inovar e evoluir. Uma forma assertiva é adotar uma visão holística e abrangente dos cenários existentes (descrevendo  a visão realista, otimista e pessimista) evitando surpresas desagradáveis ou ao menos, se antecipando a elas.
  •  Investe em cultura e conhecimento: entende que o ativo mais poderoso de uma empresa são as pessoas e fomenta a cultura de atitude legítima e o comportamento coletivo.
    Na vida podemos perder várias coisas materiais e imateriais mas nunca perderemos o saber e conhecimento que adquirimos ao longo da caminhada. 

Líderes antifrágeis investem na cultura do aprendizado contínuo e comportamento voltado ao crescimento coletivo, sempre aprendendo com os erros e dando autonomia para inovar e evoluir. 

Continuo lendo dois livros por mês, em especial agora onde meu tempo disponível para aprendizagem e atualizações é ainda maior, mantendo-me atualizado sobre tendências e novas atitudes de liderança e evolução humana. 

Este conhecimento e aprendizado irá comigo aonde eu for e será compartilhado por onde estiver e coletivamente. 

Os líderes antifrágeis não temem o inesperado. Pelo contrário, eles sabem que cada desafio traz a oportunidade do crescimento — individual e corporativo. 

A liderança antifrágil rompe o paradigma do controle e adota o da adaptação e melhoria contínua. Em vez de “prever o futuro”, ela prepara pessoas para enfrentá-lo — com propósito, empatia, atitude e coragem. 

Portanto, ser um líder antifrágil é mais do que resistir às turbulências do mundo corporativo; é iluminar o caminho em meio à turbulência. O líder antifrágil é essa chama que ilumina e inspira, que não teme o caos e o inesperado, mas o usa para construir algo melhor. 

Finalmente, liderar é incentivar e valorizar o potencial humano mesmo em meio às crises e intempéries. E é justamente aí que mora a verdadeira força: a capacidade de crescer quando tudo parece desabar.

Espero que tenham gostado desta compilação de conteúdos que traduzem minha visão sobre o conceito do “líder antifrágil”. 

Peço que comentem e compartilhem suas visões sobre o tema para a melhoria contínua de nossas ações de liderança e compartilhamento de saberes, hoje e sempre.

Ari Medeiros

Ari é um executivo, conselheiro, mentor e palestrante com mais de 41 anos de experiência em grandes empresas do setor de celulose, papel e logística. Sua experiência profissional inclui 15 anos como Diretor de Operações Industriais da Veracel Celulose, onde liderou projetos estratégicos e contribuiu para o crescimento e a eficiência da empresa.

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